A serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, costuma figurar nos rankings das estradas mais belas do mundo. Aproveite nosso roteiro e coloque a moto na estrada!

Poucas estradas no mundo proporcionam uma experiência tão intensa quanto a da Serra do Rio do Rastro.
Não é à toa que o roteiro catarinense constantemente aparece em matérias sobre turismo e rankings das dez mais de publicações no exterior. Com fácil acesso por rodovias asfaltadas e boa infra-estrutura, qualquer motociclista brasileiro pode (e deveria) visitá-la ao menos uma vez. E não só ela, que por si só vale a viagem, mas as várias atrações da serra catarinense que estão a poucos quilômetros.

Os dois eixos que dão acesso à região são as BR-101 e 116. Prefira a 101, que acompanha o litoral e permite a melhor experiência de contemplação da serra subindo de Lauro Müller em direção a Bom Jardim da Serra (município que fica no topo da formação e serve de base para conhecer as atrações da região, onde ficamos hospedados). Após a pequena Lauro Müller a estrada se torna cada vez mais sinuosa e no horizonte já é possível avistar a grandiosidade da cadeia montanhosa, com seus picos cobertos pelas nuvens. A subida tem 16 km de um cenário impressionante e visível durante todo o trajeto. Os seis últimos quilômetros de subida são mais íngremes, sinuosos e famosos mundo afora pela sequência de curvas no paredão da encosta – é a imagem que se encontra em buscas por fotos e vídeos, como o “Drifting Extreme” filmado na estrada pela Red Bull. O vídeo, inclusive, chama atenção para a presença de 156 curvas em um percurso inferior a 10 km, o que a famosa subida da montanha de Pikes Peak, nos Estado Unidos, só consegue com o dobro de extensão. Mais impressionante nesses últimos quilômetros de serra é constatar que você subirá o paredão quase vertical até onde estão as nuvens. Olhando para o alto invariavelmente se vê um carro dezenas de metros acima subindo uma diagonal surpreendente.

Alguns mirantes se abrem na estrada de mão dupla e permitem a parada para fotografar. O abismo do vale fica do lado direito, coberto pela densa mata nativa; à frente está a parede rochosa e atrás fica a planície com pastos de pequenas propriedades rurais que se vê até o litoral.

Recomendamos ao menos dois ou três dias apenas para conhecer a região serrana, uma Santa Catarina menos explorada que a das praias, mas de beleza natural tão ou mais exuberante.

Fonte: Duas Rodas
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