Assim como um motor, o corpo humano tem uma temperatura ideal de funcionamento, entre 36 e 37,4ºC. Acima disso, é febre. Abaixo, hipotermia leve que, conforme a temperatura decresce, leva a graus mais severos de perda de calor corporal.
Andar de motocicleta no Brasil é algo possível o ano todo, pois mesmo nas regiões mais frias é raro a temperatura baixar dos 0ºC por muitos dias seguidos, como ocorre em outros locais do planeta. Porém, mesmo em nosso clima amigável, rodar de maneira prolongada a temperaturas nem tão baixas, como 10 ou 15ºC, pode causar problemas.
Temos algumas dicas para ajudar nos dias mais frios, a primeira providência é cuidar das extremidades, regiões naturalmente expostas nessa situação, e que tendem a perder calor de maneira veloz. Portanto, é preciso escolher luvas forradas, de preferência aquelas que têm camadas internas capazes de bloquear a saída do calor.
Há trajes completos que ajudam no bloqueio do frio, mas se em seu orçamento não couber um conjunto completo de jaqueta, calça, luva e bota fabricado de acordo com a vanguarda técnica e estupendo material, invista em partes: opte primeiro pelas luvas e depois pelas botas. A cabeça já conta com o excelente escudo protetor que é o capacete. Mesmo o mais bem equipado dos motociclistas já foi pego de surpresa por uma temperatura que caiu radicalmente no meio de seu passeio ou viagem. O dia estava bonito, a temperatura amena e, de uma hora para outra, tudo ficou cinzento e muito frio!
Alguns truques podem servir de paliativo para chegar em casa sem levar uma gripe ou para evitar um acidente por causa dos reflexos congelados.
Para o tórax, a receita campeã é o jornal: algumas folhas dobradas enfiadas entre seu peito e a jaqueta, cortando o fluxo de ar frio de maneira inacreditável. A técnica também serve para as pernas, bastando apenas ter paciência para forrar sua roupa com camadas de jornal.
Para os pés, a solução mais fácil é vestir sacos plásticos entre as meias e os calçados.
Com relação às mãos a questão é mais complicada. Não dá para enfiar as luvas dentro de sacos sem prejudicar a mobilidade dos dedos nos comandos de embreagem, acelerador e freio dianteiro. Um par de luvas cirúrgicas, que ocupam pouco espaço escondidas em um cantinho sob o banco da sua moto, podem ajudar. São finas e permitirão vestir luvas normais sobre elas, mas a efetividade desse recurso contra frio forte é restrita.
Já o mesmo não pode ser dito sobre as luvas de borracha usadas em jardinagem ou para lavar louça. Por serem mais grossas, barram o frio de maneira eficaz, são fáceis de achar e vendidas em tamanhos que permitem o uso sobre luvas específicas para motociclistas.
O sofrimento e risco decorrente de uma queda brusca da temperatura devem ser evitados. Em nome do conforto e principalmente da segurança, investir em trajes técnicos capazes de encarar um espectro de temperatura amplo é o ideal, mas quando o orçamento não permite – ou viradas de tempo imprevistas ocorrem –, há jeitos de não ser muito maltratado pelo frio ao guidão.
Fonte e imagens: G1 | Roberto Agresti | Caio Kenji





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